quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Google: anjo ou demônio?

Entra ano e sai ano a mesma coisa: o Google cada vez mais forte, maior e mais poderoso.

As últimas notícias dão conta que, para o Google, a crise já era. De fato, a empresa foi pouco afetada com a crise, comparativamente às empresas da economia tradicional, porque o Google opera em todo o mundo. O que perdeu no EUA, ganhou em parte na China e no Brasil, por exemplo.

Aí vem aquela velha questão: já que o Google é tão grande, não é muito perigoso deixar tanto poder na mão de tão poucos? Ou por outra, ela é anjo ou demônio?

Em nossa ótica monopólios são sempre traiçoeiros, e devem ser vigiados pela sociedade de perto. Assim, os monopólios devem ser devidamente regulados. E isso vale para todos: telefonia, energia elétrica, petróleo, e, é claro, sistemas operacionais e Internet.

Entretanto há alguns pontos muito positivos o Google, em relação a outros monopólios comuns nas TICs: o Google é muito baseado em software livre e retorna à comunidade muita inovação na área. Assim, ao desenvolver o Crome OS com kernel Linux, a Google indiretamente vai estar ajudando a proliferação do Linux em outros ambientes, porque os fabricantes, tendo vendas crescentes de máquinas para o Crome OS, vão acabar produzindo hardware compatível com o sistema, ou seja, compatível com o kernel Linux. Também a Google é uma grande incentivadora do software livre, pois muito do código criado em seu meio ou por programadores mantidos por eles são deixados abertos.

Agora monopólio é monopólio. Para mim quanto menos melhor. Só se justifica, principalmente em áreas sensíveis como energia ou segurança. No caso de software e Internet, o controle fica muito difícil porque as atuações das empresas estão a nível global. A regulação é muito difícil. Nestes casos, quanto mais empresas e concorrência houver, será melhor, porque o poder não vai ficar concentrado na mão de poucos. Diversidade no software é também evolução.

Se a Google não chega a ser um demônio, anjo ela também não é. Então, todo cuidado é pouco.

sábado, 31 de outubro de 2009

Novo Ubuntu 9.10 no ar

Já está disponível para download e atualização o novo Ubuntu 9.10 Karmic Koala. Para baixar, pode ir direto ao site do Ubuntu:

http://www.ubuntu.com

Mas orientamos que aqueles que quiserem fazer um download completo, use torrent:

http://www.ubuntu.com/getubuntu/downloadmirrors#bt

Estou baixando agora, e tive que restringir a taxa de download, se não eu não conseguiria bada para navegar nem fazer esta postagem, tal a taxa de download que está muito boa - aqui para mim está em mais de 70Kbps, o que é muito bom para a minha conexão.

Para atualização, use o Update Manager. Mas aqui eu dou uma dica: só atualize se você tem poucos ou nenhum repositório de terceiros e, claro, não tem muitos programas compilados. Aliás, você deve gerenciar todas as atualizações em caso de pacotes próprios/locais (estes que a gente baixa da Internet e instala) ou para os compilados.

Se você é destes que usa o computador para testes, então uma instalação limpa é altamente recomendada. Se você usa em produção e não instala nada mais do que usa e, para isso, utiliza basicamente os repositórios padrão: main universe multiverse, então você pode fazer a atualização.

Para atualizar tenha uma manhã ou tarde inteira disponível, pois além do download que pode ser demorado, dependendo da quantidade de programas instalados (no meu caso foram mais de 1GiB), o sistema gasta um bom tempo apagando os pacotes antigos e instalando os novos e, volta e meia, vai precisar que você interfira no processo respondendo a algum conflito em um ou outro arquivo de configuração. Ótima atividade para o fim-de-semana ou feriado.

É isso, e divirta-se (That is and have fun).

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

GEdit com Octave - Ajustes

Se você é como eu que gosta de usar o gedit como editor padrão, mesmo para programação, já percebeu que se você tiver o Octave ou Matlab instalado a sintaxe não é pintada corretamente.

Apesar de haver o mimetype correto, o gedit insiste em achar que os arquivos .m são arquivos em Objective-C.

Para resolver esta característica indesejada, faça o seguinte (Ubuntu 9.04, mas deve funcionar em outras versões e distros, apenas ajustando o caminho dos arquivos):
  1. Abra um terminal e inicie uma sessão de root:
    $ sudo su

  2. Edite o arquivo /usr/share/mime/packages/freedesktop.org.xml
    # gedit /usr/share/mime/packages/freedesktop.org.xml

  3. Comente toda a parte da definição do mime x-objsrc:
    <!-- <mime-type type="text/x-objcsrc">
    <comment>Objective-C source code</comment>
    <comment xml:lang="be@latin">Kryničny kod Objective-C</comment>
    <comment lang="bg">Изходен код — Objective C</comment>
    <comment lang="ca"&gtcodi font en Objective-C</comment>
    <comment lang="cs"&gtZdrojový kód v Objective-C</comment>
    <comment lang="da"&gtObjektiv C-kildekode</comment>
    <comment lang="de"&gtObjective-C-Quelltext</comment>
    <comment lang="el">πηγαίος κώδικας Objective-C</comment>
    <comment lang="en_GB"&gtObjective-C source code</comment>
    <comment lang="eo"&gtfontkodo en Objective-C</comment>
    <comment lang="es"&gtcódigo fuente en Objective-C</comment>
    <comment lang="eu"&gtObjective-C iturburu-kodea</comment>
    <comment lang="fi"&gtObjective-C-lähdekoodi</comment>
    <comment lang="fr"&gtcode source Objective-C</comment>
    <comment lang="ga"&gtcód foinseach Objective-C</comment>
    <comment lang="hu"&gtObjective-C forráskód</comment>
    <comment lang="id"&gtKode program Objective-C</comment>
    <comment lang="it"&gtCodice sorgente Objective-C</comment>
    <comment lang="ja"&gtObjective-C ソースコード</comment>
    <comment lang="ko"&gtObjective-C 소스 코드</comment>
    <comment lang="lt"&gtObjective-C pradinis kodas</comment>
    <comment lang="ms"&gtKod sumber Objective-C</comment>
    <comment lang="nb"&gtObjective-C-kildekode</comment>
    <comment lang="nl"&gtObjective-C-broncode</comment>
    <comment lang="nn"&gtObjective-C-kjeldekode</comment>
    <comment lang="pl"&gtKod źródłowy Objective-C</comment>
    <comment lang="pt"&gtcódigo fonte Objective-C</comment>
    <comment lang="pt_BR"&gtCódigo fonte Objective-C</comment>
    <comment lang="ru">исходный код Objective-C </comment>
    <comment lang="sq"&gtKod burues C objekt</comment>
    <comment lang="sr">Објектни-C изворни ко̂д</comment>
    <comment lang="sv"&gtObjective-C-källkod</comment>
    <comment lang="uk">Вихідний код на мові Objective-C</comment>
    <comment lang="vi"&gtMã nguồn Objective-C</comment>
    <comment lang="zh_CN"&gtObjective-C 源代码</comment>
    <comment lang="zh_TW"&gtObjective-C 源代碼</comment>
    <sub-class-of type="text/x-csrc"></sub-class-of>
    <magic priority="30">
    <match value="#import" type="string" offset="0"></match>
    </magic>
    <glob pattern="*.m"></glob>
    </mime-type> -->


  4. Atualize o banco de dados mime:
    # cd /usr/share
    # update-mime-database mime


  5. Remova/renomei o arquivo /usr/share/gtksourceview_2.0/language-spec/objc.lang para outra coisa que não tenha a extensão .lang:
    # cd /usr/share/gtksourceview_2.0/language-spec/
    # mv objc.lang objc.lang.bak


  6. Volte a ser usuário normal:
    # exit
    $ |


  7. Verifique se o gnome já está reconhecendo o mime correto:
    $ gnomevfs-info algum_arquivo.m | grep MIME
    MIME type : text/x-matlab
Com isso o gedit deixa de enxergar o mime do Objective-C e passa a enxergar o mime correto. Agora você já pode utilizar o Matlab e/ou Octave com realce de sintaxe!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Backups facilitados: DAR

DAR é o acrônimo para Disk ARchiver. É um sistema para backups baseado no TAR.

Enquanto o tar é voltado para uma mídia sequencial, e.g. fita, o dar é voltado para mídias com acesso aleatório, e. g. disco. Então possui coisas interessantes, como acesso relativamente rápido, se comparado ao tar, a um único arquivo dentro de centenas ou milhares de outros em uma mídia de backup.

Em especial o dar permite facilmente backups em CDs/DVDs, bem como em armazenadores USB, como Pen Drives e HDs USB. Permite facilmente a troca de múltiplas mídias (e.g. CDs e DVDs) durante o processo de backup, pois já conta por padrão com uma função de split.

Ao contrário do tar que está integrado ao sistema de compactação/descompactação do Nautilus, o dar ainda não conta com essa facilidade, entretanto, possui uma interface gráfica bem amigável, o DarGUI.

Conta também com um utilitário que não tem dependências externas: o darstatic. Este pode ser gravado no primeiro disco de backup e ser utilizado em qualquer sistema Linux (o mínimo para um boot) para realizar a operação de recuperação.

Para instalar o dar no Ubuntu é simples, já está nos repositórios no pacote dar.

Para instalar a interface gráfica DarGUI, entretanto, é necessário baixar do site: http://dargui.sourceforge.net/ o .deb. Dois cliques no .deb e o Gdebi instala para você sem problemas.

Tem mais uma coisa, o DarGUI foi escrito usando FreePascal Compiler (fpc) e o Lazarus IDE.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

GNU/Linux ou Linux

Vez por outra há um derramamento de blogs, postagens e textos nas Internet sobre GNU/Linux. Pois bem, vamos tentar entender isso.

GNU é o conjunto de softwares da Free Software Foundation (FSF: www.fsf.org). Como boa parte das distribuições Linux utilizam software GNU até para o básico do básico no sistema, a FSF sugere o uso do nome GNU/Linux para o sistema.

Ao associar GNU e Linux, a FSF acaba ganhando créditos, merecidos, da popularidade do Linux. Também fica patente a "necessidade" que o Linux tem do software GNU, a começar pelo compilador (gcc).

Parece pois muito correto, e é mesmo muito discutido e disseminadas essas idéias, mas ao associarmos GNU e Linux, simplesmente perdemos a marca. Linux é uma marca registrada do Linux Torvalds. GNU é marca da FSF. GNU/Linux é de ninguém.

A associação pura e simples dos nomes entretanto não para por aí. Toda e qualquer distribuição poderia requerer a mesma coisa, e ainda mais, outras empresas podem requerer a mesma coisa, pois o sistema operacional é o que é pela influência de inúmeras fontes. E deve aumentar ainda mais com a entrada de várias empresas em ramos tão diferentes como sistemas embarcados a sistemas de tempo real, sistemas de banco de dados a netbooks.

Tudo bem que devamos dar créditos à FSF, mas não nos esqueçamos que o Linux é bem maior que a FSF. Um exemplo clássico e que deixa o pessoal da FSF de cabelo em pé: o Ubuntu somente conseguiu a popularidade dele graças a acordos com fabricantes de hardware que fornecem módulos do kernel para seus dispositivos, os quais são empacotados no ubutu-restricted e, a maioria destes módulos é de código fonte fechado.

Por tudo isso, acho que o nome Linux tá de bom tamanho.

Linux, no contexto desta postagem é tomado pelo sistema com um todo: núcleo + aplicativos + configurações + personalizações da distro + ...

domingo, 6 de setembro de 2009

Microdia PC Camera (SN9C105) não funciona com Ubuntu 9.04

Já algum tempo que uso uma webcam que é reconhecida no Ubuntu como:

0c45:60fc Microdia PC Camera with Mic (SN9C105)

Entretanto, apesar de funcionar no Cheese, no Skype, nada!

Pesquisei no Google e encontrei um blog do Mint, que dava várias dicas. Já na primeira:

LD_PRELOAD=/usr/lib/libv4l/v4l2convert.so skype

Sou um usuário Linux novamente feliz!!!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sun SPOT

Para quem não conhece aí vai uma dica pra lá de feliz: se pretendes desenvolver soluções em sistemas embarcados sobre a Internet (Internet of Things) e, ao mesmo tempo usar uma plataforma open source, que tal usar Sun SPOT.

Sun SPOT é o acrônimo para Sun Small Programmable Object Technology e é a base de uma tecnologia para sensoriamento sem fio. Os dispositivos para o desenvolvimento vem com sensores de temperatura e luminosidade e acelerômetros para a percepção de movimento em três dimensões.

Além disso o ambiente conta com o estado da arte para o desenvolvimento de redes wireless.

Tudo isso sobre uma máquina virtual Java.

E, principalmente, tudo isso é open source, incluindo o hardware!

Então, vai aí o link para conhecer mais: http://www.sunspotworld.com/index.html.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Campanha pela "netiqueta" nos e-mails e liberdade dos formatos

Divulgar é sempre a melhor solução, então divulgue de alguma forma o uso dos formatos livres.

Regras gerais:
  • Evite a todo custo caracteres estranhos, smiles etc.
  • Cuidado com o formato da mensagem. Ajuste o seu cliente para usar o padrão universal: UTF8 ou UTF16 (Padrões Unicode), mesmo que seu cliente venha por padrão marcado para usar coisas antigas e obsoletas, como CP850, ISO-8859-X, onde X pode ser qualquer coisa.
  • Jamais use e-mails profissionais em listas públicas. Chega a ser um absursdo a gente ver na lista do Ubuntu-BR aquelas assinaturas em que o próprio servidor coloca que o e-mail em questão é de uso particular e que quaisquer informações ali colocadas são privadas e de uso restrito etc. etc. etc. Se é particular, mantenha particular. Para listas públicas use e-mail públicos.

No campo de assunto:
  • Seja claro e sucinto. Detalhes ficam por conta do corpo.
  • Não precisa indicar que a mensagem já foi respondida (RE:) depois encaminhada (ENC:) depois repondida de novo (RE:) e reencamihada (FW:) anteriormente. Fica bem poluído o campo de assunto com coisas do tipo [RE: [ENC: [RE: [RE] [FWR:]]] Assunto....]

No corpo da mensagem:
  • Sempre utilize texto simples. Usar HTML ou qualquer outra coisa é, no mínimo, perigoso no que concerne à segurança, e um desperdício.
  • Seja claro, direto e simples no falar. Evite jargões e regionalismos, principalmente em listas de discussões. Eu mesmo já usei de um regionalismo comum no sul do Brasil para se referir a uma surpresa em uma lista e um companheiro do nordeste achou que eu o estava xingando.
  • Para e-mails profissionais, faça um revisão ortográfica e gramatical breve. É chato você receber e-mail que parecem ser sérios com erros absurdamente impraticavelmente orrível de se verem e ler!

Em anexos:
  • Nunca envie um formato binário, a não ser que TODOS os navegadores o suportem: é o caso de imagens em JPEG.
  • Texto deve ser enviado no formato texto, nunca em HTML ou como um documento de um editor de textos qualquer.
  • Jamais insira imagens no meio do texto a não ser que seja absolutamente inevitável, o que jamais acontecerá se você usar a regra acima. Imagens são arquivos anexo como qualquer outro anexo que você pode mandar.
  • Se precisar enviar algo "formatado", use uma linguagem de descrição de páginas como PostScript (para impressão) ou PDF (para vídeo ou impressão).
  • Se precisar que o destinatário edite, prefira um meio comum de edição e não o e-mail. Para isso assine serviços como o MS Office Web ou Google Docs.
  • Se precisar enviar algo realmente binário (um desenho CAD, por exemplo), informe no corpo do e-mail qual é o formato e como o destinatário deverá abri-lo, indicando o programa adequado para isso.

Nas assinaturas:
  • Assim como todo o restante do e-mail, deve ser simples, fácil de se ler e direto ao ponto.
  • Assine o seu nome e o lugar de onde está escrevendo (cidade e estado e/ou país).
  • Se é um e-mail profissional, pode incluir o nome da empresa/universidade/órgão público ao qual está vinculado e sua posição/função dentro dele.
  • Pode terminar com uma frase simples e, jamais, insira figuras e outras firulas.
  • Se a empresa exigir pode ser anexado ao e-mail um cartão de visitas (Virtual Card File).

Sugestões finais:
  • Se queres efetivamente divulgar formatos livres podes utilizar um PS abaixo da assinatura como o meu. Podes copiar e alterar a vontade. Ele infoma a existência do formato ODF e como o destino pode conseguir abrí-lo de forma simples e confiável.

Atenção: Este e-mail pode conter anexos no formato ODF (Open Document Format)/ABNT (extensões odt, ods, odp, odb, odg). Antes de pedir os anexos em outro formato, você pode instalar gratuita e livremente o BrOffice (http://www.broffice.org) ou o seguinte Plugin para Microsoft Office (http://www.sun.com/software/star/odf_plugin/get.jsp).

  • Parece incrível, mas mesmo depois de 2000 anos em que a frase seguinte foi formulada ainda temos uma enorme dificuldade em assimilá-la e executá-la: "Respeitai os outros da mesma forma que queres que os outros te respeitem".
É isso.

sábado, 4 de julho de 2009

Ícone do Upgrade Manager no Ubuntu 9.04

Para quem está usando o Ubuntu 9.04, já percebeu que o Update Manager insiste em se mostrar nos momentos menos oportunos. Então, para voltar ao comportamento antigo tem duas formas.

A primeira é a forma gráfica:
Abra o gconf-editor:
  1. ALT+F2 para abrir a caixa de execução de comando (Run Application)
  2. Digite gconf-editor
  3. Navegue até Apps->Update Notifier e então desmarque a opção auto-launch.
Para voltar ao comportamento padrão, faça o mesmo que acima e remarque a opção auto-launch.

A segunda forma é via linha de comando.
  1. Abra um terminal: Applications -> Accessories -> Terminal
  2. Para desabilitar, digite
    gconftool -s --type bool /apps/update-notifier/auto_launch false
  3. Para reabilitar, digite
    gconftool -s --type bool /apps/update-notifier/auto_launch false
É isso!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Dica de programa: DHelp

Essa dica vai muito bem para os desenvolvedores. No meu caso, como uso o Octave, é sempre bom ter o manual em mãos.

Para aqueles que querem manter os seus documentos de ajuda em HTML bem organizados, faz o seguinte: instala o dhelp.

O dhelp (ou melhor Debian Help) é um programinha muito simples mas muito poderoso, ele faz uma varredura em todo HTML do seu disco e tenta organizá-lo em grupos, normalmente pelas pastas onde os arquivos se encontram.

Cara fica uma beleza a organização.

Só mais uma coisa: se você tem um servidor Web (e.g. Apache - httpd) você deve apontar o navegador para http://localhost/doc/HTML/index.html ou se não, você deve acessar o índice gerado através de: file:///usr/share/doc/HTML/index.html.

Se você esquecer disso, basta digitar dhelp num terminal, que ele vai abrir a página index ou então dhelp para acessar uma busca por documentação específica, como por exemplo: dhelp gnu octave

domingo, 21 de junho de 2009

Configurando o StarDict

Bem, de fato o stardict está se tornando o padrão em programa de tradução para o mundo open source e para Linux em particular.

No Ubuntu, por exemplo, uma das primeiras coisas que faço é instalá-lo. O programa de dicionário padrão do sistema é simplesmente muito ruim para se usar. Nunca consegui usá-lo adequadamente.

Mas o problema com o stardict é que ele não tem lá muitos dicionários e os que existem, pelo menos para português não são lá muito bons. Mas os dicionários do Babylon são excelentes. Então que tal usar os dicionários do Babylon no stardict?

Para isso, baixe os dicionários do Babylon e os converta para o formato do stardict. Use as dicas contidas aqui: http://ubuntuforums.org/showthread.php?t=1044452.

Mas se você nao quiser se encher muito, segue uma dica que funcionou para mim tranquilamente.
  1. Pegue os dicionários que deseja em: http://reciteword.sourceforge.net/stardict/babylon.php, como por exemplo o stardict-babylon-Babylon_English_Portuguese-2.4.2.tar.bz2
  2. Dê dois cliques no arquivo stardict-babylon-Babylon_English_Portuguese-2.4.2.tar.bz2, vai abrir o Archive Manager.
  3. Extraia todos os arquivos para a pasta ~/.stardict/dic. Se esta pasta não existir, pode criar. (o ~ é a sua pasta pessoal, ou melhor a sua pasta HOME).
  4. Reinicie o stardict
  5. Vá em Manage dictionaries (o segundo ícone da esquerda para a direita em baixo) e veja que os dicionários estão ativos. Desative os dicionários padrão, que só servem para pegar um monte de coisas meio inúteis da Web.
Agora seja mais um usuário feliz com um dicionário Inglês-Português de mais de 114 mil palavras.

Só atenção a uma coisa: eu uso a interface do Ubuntu 9.04 em inglês, talvez você tenha que adaptar algo para a sua interface.

É isso.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Saiu a versão 3.9.6 do HPLIP: Fazendo HP LaserJet 1000 funcionar no Ubuntu 9.04

Saiu a versão 3.9.6 do HPLIP.

Dessa forma, a impressora HP LaserJet 1000 e praticamente todas as impressoras da família passam a ter suporte.

Basta ir ao site do projeto HPLIP (http://hplipopensource.com/hplip-web/index.html), baixar a nova versão e executar via terminal. Para executar, como se trata de um script, você deve ativar a permissão de execução do arquivo manualmente. Isso porque o Linux é um sistema mais seguro, não permitindo que qualquer script seja executado, apenas aqueles que você tem certeza que são seguros, como este.

É só seguir as instruções (o script está em inglês). Ele irá fazer uma série de verificações e instalará todo o software necessário (os pré-requisitos) e irá compilar os módulos que fazem o HPLIP. Depois ele irá executar uma rotina de instalação e então você pluga a impressora, confirma para o programa baixar o plug-in do servidor principal. Ao final a impressora deverá fazer aquele barulho de inicialização característico. Já estará funcionando!

Só um comentário: bom que a HP agora esteja se importanto um pouco com o mundo Linux e fazendo suas impressoras funcionarem também neste nosso sistema. O projeto (opensource) agora está no sourceforge.net e, como é compilado na máquina, o que você baixa é o código fonte.

É isso.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Mantendo parágrafos juntos no Latex

Essa dica veio da lista Tex-BR. Beleza. Coloco aqui para não esquecer:

Para se manter dois parágrafos juntos, isto é, para manter dois parágrafos na mesma página, sem uma quebra de página entre eles, você pode forçar uma quebra manual antes do parágrafo que você quer manter com o próximo. O problema é que se, de repende, você mexe no texto, acaba tendo uma página em branco, por uma quebra automática seguidade de uma quebra manual.

A forma menos traumática, segundo o Ivan Ramos (da Lista Tex-BR) é dar uma dica ao Latex. Essa dica é dada como comando \penalty

O \penalty funciona da seguinte forma: você coloca um número positivo entre 1000 e 10000 para dar uma penalidade ao Latex caso ele quebre a página ali. Você também pode colocar um número negativo entre -1000 e -10000 para dar um incentivo se ele quebrar a página naquela posição. Quanto maior o incentivo ou a penalidade maior é a tendência de ele não quebrar a página ou quebrar a página na posição que você indicou.

Assim:


Parágrafo 1: blablabla

\penalty 1000

Parágrafo 2: blebleble


ou


\penalty -1000

Parágrafo 1: blablabla

Parágrafo 2: blebleble


Testei com parágrafos subssequentes dentro de um ambiente itemize (que teoricamente já deveria manter parágrafos juntos), e funcionou legal. Mas tenha em mente que o Latex vai ter que realinhar as distâncias dos parágrafos que ficaram na página, de forma que, dependendo se você colocou uma penalidade muito alta faltando ainda um bom espaço para terminar a página, o leiaute final pode ficar bastante desagradável.

É isso!

domingo, 17 de maio de 2009

O que falta para o Ubuntu deslanchar?

Bem, para muitos essa questão tá errada, pois, para eles, o Ubuntu já deslanchou. Do ponto de vista do Pinguim com certeza, mas do ponto de vista de mercado, ainda há muito o que fazer. Abaixo segue uma lista de coisas que, acredito, devam melhorar no mundo Linux, em particular no Ubuntu, para que ele deslanche de uma vez.
  1. Propaganda mais agressiva: nesta semana, a Veja está com uma matéria de capa falando sobre os hábitos (infelizes) dos brasileiros na Internet, bem como de sua base instalada de programas e, com eles, um bocado de roubadores de senha, vírus e companhia. Como sabemos, o Linux é bem menos vulnerável a essas práticas e, como o usuário do Linux acaba tendo que aprender um pouco mais que o zero costumeiro dos usuários do Windows, segue-se que o conjunto usuário + sistema é excelente em temos de segurança. A comunidade Linux deveria ser mais incisiva quanto a isso e a propaganda deveria ser mais agressiva quanto a vulnerabilidade do outro sistema. E sem essa que o Linux não tem essas pragas por causa de sua baixa popularidade. É claro que aumentaria o número de casos, mas em termos percentuais, continuaria como está hoje, talvez com um leve aumento e não mais que isso, bem diferente do Windows que, sabe-se é 100% vulnerável desde a sua instalação e o usuário deve correr à frente dos invasores para colocar um mínimo de segurança em seu PC, se não acaba ficando atrás e, literalmente, refém deles.

  2. Um DVD descente: o que quero dizer com isso? Que o Ubuntu deve deixar de lado essa de colocar um sistema inteiro em apenas um CD e o seu DVD ser um mero ajuntamento das diversas versões (dos diversos CDs existentes) em uma única mídia com um pouco mais de pacotes de idiomas (tradução e regionalização). Devemos ter um DVD que deixe o sistema pronto mesmo: com os pacotes multimídia lá, java, flash etc. e, também igualmente importante, os arquivos de documentação. Não tem jeito, o mundo ainda não é open source e, por isso, esses formatos proprietários ainda são necessários. Num mundo em que os pen drives estão na casa dos GiB e praticamente todos os computadores atuais saem de fábrica com um leitor de DVD, está meio sem sentido essa política. Mas tem o pessoal da África, podem argumentar alguns, mas até eles acabam usando o Ubuntu em DVD mesmo, porque tem que fazer a instalação do pacote de idioma e, como a gente sabe, a maioria lá não tem acesso a Internet. Realidade igual no Brasil que, apesar de ter um bom percentual de pessoas com acesso a Internet, sabe-se que boa parte desse acesso é no ambiente de trabalho, em cafés ou pontos públicos, ou via internet discada: simplesmente não dá para baixar 700MiB de pacotes novos via internet discada! A propósito, no Brasil é possível você distribuir tudo (até mesmo o w32codecs) sem problemas legais.

  3. Comunidade preparada para receber 1, 2, 5, 10 milhões de usuários: a verdade é essa, não temos uma comunidade preparada para receber um número tão grande de usuários. Se todos os usuários atuais do Ubuntu fizessem parte da lista de discussão "oficial", já não faríamos outra coisa no dia que não apagar (nem mesmo ler) mensagens de e-mail dessa lista. Hoje a lista tá um volume e tanto e só temos cadastrados uma parte pequena dos usuários do sistema. Ou seja, necessitamos nos organizar, empresas devem nascer para dar suporte, escolas devem começar a usar e ensinar os alunos etc. Sem esse suporte na esquina, fica difícil: a maioria dos usuários Windows o são simplesmente porque é fácil e barato encontrar "alguém" que por uns trocados (quando não faz de graça mesmo, pela amizade) instala o sistema em qualquer PC. Tudo bem se é pirata, esse detalhe aqui no Brasil é quase irrelevante.

  4. Venda casada de computadores: talvez seja a prática mais comum no mundo da informática, talvez tão comum que as pessoas nem se tocam que se trata de venda casada, o que é proibido pelo código de defesa do consumidor mas que, por hora, até mesmo o Ministério Público faz ouvidos de mercador e nem liga. Já cheguei a mandar e-mails para eles denunciando um site que estava vendendo PC com Linux e, juntamente, vinha uma cópia de "testes" do Microsoft Office. Isso mesmo, caro leitor, vinha o MsO junto com o PC novo, cujo SO era Linux. Bem, não deram nem resposta. Pois bem, para o Ubuntu deslanchar mesmo, não tem que ficar mendigando que 0,1% de computadores da Dell saiam com o sistema. No Brasil tem alcançar mesmo é o número dos milhares de "montadores" pequenos e médios que estão fazendo a farra com uma quantidade absurda de distribuições Linux que nem ao menos funcionam direito (às vezes nem entra o X) no computador. O Ubuntu se fazendo presente nestas empresas e com o sistema rodando bonito haverá menos rejeição do usuário final e, principalmente, não teria motivos muito plausíveis para mudar de SO. Sabemos que o Ubuntu consegue um percentual enorme de compatibilidade com os hardwares mais comuns no Brasil, mesmo considerando os Winmodens e as Wincams espealhados por aí. Então a Canonical deveria sim fazer essa venda casada: nada de instalação, sistema seguro, sistema rodando com tudo que o usuário tá precisando, compatibilidade com os formatos de arquivos mais comuns, java rodando, flash embutido no navegador ok e boa compatibilidade com o hadware. Aí é só correr pro abraço.

  5. Uma documentação descente: apesar dos esforços da comunidade, ainda é precária a documentação do sistema. Não é que falte, mas ela está dispersa. Sem a agregação certa fica difícil fazer as coisas. Por exemplo: a ajuda do OpenOffice.org até que é boa, mas basicamente ensina teclas de atalho, o significado de um ou outro termo numa caixa de diálogo, quais as opções mais relevantes de um combo-box etc. Mas o principal para eles que é como usar o conjunto dos aplicativos para fazer as coisas da maneira certa, isso não tá lá. Tudo bem, pode-se comprar livros sobre o OpenOffice que ajudam, mas nem todos podem comprar e/ou nem todos tem o tempo necessário para ler e aprender com os livros. Lembro-me que a primeira versão do Word para Windows, o Word 2.0, vinha com um sistema de ajuda simples (sem as firulas que eles tem hoje), mas recheado de dicas para se ganhar produtividade com o Word. Ensinava desde o conceito de um parágrafo e caractere para o sistema e daí os motivos de se ter formatações tanto para parágrafos quanto para caracteres. Falta isso para o mundo open source em geral e para o Ubuntu em particular. Alguns podem se lembrar dos How-Tos por aí, mas uma vez mais, assume-se que a pessoa tenha acesso a Internet e que tenha tempo de procurar por um monte de lugares diferentes a resposta que está querendo (falta agregação). Aquela de se ter a primeira página do FF em português é 10, mas os links levam para o sítio da comunidade em inglês, isso é zero. Outra coisa é você abrir o Gimp, por exemplo mas poderia ser qualquer aplicativo, teclar F1 e aparecer uma mensagem dizendo que esta característica não está instalada no sistema. É dose. Porque raios os pacotes de documentação não vem junto com os programas? Ahhh, mas tudo tem que caber em um CD somente, aí não dá para colocar os programas e mais a documentação. Então partamos para um DVD, ora pois (vide a discussão acima).

  6. Brigar pela diminuição da pirataria: essa sim é uma briga boa. Se todas as pessoas que usam computador ao menos soubessem que estão cometendo um crime quando instalam um programa sem a devida nota fiscal ou, o que é pior, recbem um computador com diversos programas já instalados sem o devido "agreement" (o contrato de licença do software) então já teríamos um meio caminho andado para a proliferação do software livre, isso porque, o que as pessoas inicialmente vão olhar, não tenham dúvidas, é o tamanho da conta. No Brasil a pirataria corre solta simplesmente porque não temos dinheiro sobrando para comprar o software. Neste caso, o software livre acaba ajudando, porque boa parte dele é igualmente grátis.

  7. Vamos aproveitar que estamos no Brasil e podemos fazer isso: essa talvez seja a melhor das coisas que poderia acontecer com o Ubuntu. Se o Brasil, emergente que cresce internacionalmente, passasse a ser o carro-chefe, os outros países da África e Ásia acabariam por utilizar o sistema. Digo que devemos aproveitar que estamos no Brasil porque aqui software não tem patente, e sim, direito autoral. Ora, se o w32codecs e libdvdcss2 (talvez os pacotes mais problemáticos em termos de patentes nos EUA), foram todos escritos a partir do zero pela comunidade e tem uma licença GPL, então no Brasil podem ser distribuídos livremente, respeitando o direito autoral (no caso a comunidade GNU) dentro do DVD do Ubuntu.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Compilando o RTAI no Ubuntu

Para os meus colegas que já estavam cobrando a um tempo, aqui vai o resumo dos procedimentos de compilação do RTAI no Ubuntu. Basicamente são os mesmos passos que o Debian. Lembrar que a compilação do RTAI NÃO funciona no gcc 4.3, então você DEVE usar a versão 3.4.

Aqui descreve-se os procedimentos básicos para a compilação de um kernel vanilla no ambiente Ubuntu. A versão utilizada no Ubuntu é a versão 7.10. Povavelmente o procedimento funcione com outras versões do Ubuntu, bem como outras distribuições baseadas no Debian. Utilizou-se o jeito Debian de se compilar e instalar o kernel do Linux.

Procedimento de Compilação do Kernel de Tempo Real

Os procedimentos a seguir devem ser realizados como superusuário (root), inclusive os testes no RTAI.

Preparativos
  1. Criar diretorio dos fontes:

    $ mkdir /usr /usr/src

  2. Ir para o diretorio de fontes:

    $ cd /usr/src

  3. Baixar o linux e o rtai:

    $ wget www.rtai.org/RTAI/rtai-3.6.bz2
    $ ftp ftp.kernel.org
    login> anonymous
    pass>
    ftp> pass
    ftp> bin
    ftp> cd /pub/linux/kernel/v2.6/
    ftp> get linux-2.6.23


  4. Descompactar os fontes:

    $ tar xjf rtai-3.6.tar.bz2
    $ tar xjf linux-2.6.23.tar.bz2


  5. Criar os links simbólicos:

    $ ln -s linux-2.6.23/ linux
    $ ln -s rtai-3.6/ rtai


Provavelmente o leitor que replicar estes procedimentos o fará somente uma vez enquanto que os demais procedimentos serão executados inúmeras vezes.
Compilando o Kernel
  • Linux mais recente suportado: linux-2.6.23
  • Rtai mais recente: rtai-3.6
  1. Ir ao diretorio do linux:

    $ cd linux

  2. Aplicar o patch do RTAI no Linux:

    $ patch -p1 < ../rtai/base/arch/i386/patches/hal-linux-2.6.23-i386-1.12-00.patch

  3. Copiar a configuração atual:

    $ cp /boot/config-`uname -r` .config

  4. Editar a configuração:

    $ make menuconfig

  5. Opções a serem editadas:
    1. General Setup
      1. Prompt for development and/or incomplete code/drivers: Y
      2. Local version - append to kernel release: -rtai

    2. Enable loadable module support: Y
      1. Module versioning support: N

    3. Processor Type and Features
      1. Interrupt Pipeline: Y
      2. Timer frequence: 1000 Hz
      3. Preemption model: Low Latency Desktop

    4. Kernel hacking
      1. Compile the kernel with debug info: N
      2. Compile kernel with frame poiters: N

    5. Obs.: Pode ser necessário e é extremamente recomendável, segundo o manual do RTAI, desabilitar as opções relacionadas ao Gerenciamento de Energia: ACPI, APM e Graduação da Freqüência da CPU.

  6. Opções a serem editadas para o meu caso:
    1. Processor Type and Features
      --> Processor Family: Core 2/newer Xeon
      --> Hyperthreading: N

    2. Device Drivers -> Sound -> Advanced Linux Sound Architecture -> PCI Devices
      --> Intel HD Audio: N

    3. Obs. 1: Desabilitar todas as opções que não são relativas ao hardware diminui o tempo de compilação

    4. Obs. 2: Necessitei deixar as opções de Gerenciamento de Energia habilitada para a compilação, mas no boot do kernel utilizo as opções noacpi e noapm

  7. Compilando:

    $ make-kpkg --initrd kernel_image kernel_headers

  8. Aguardar o término da compilação. Pode levar horas.

  9. Ir para a pasta src:

    $ cd ..

  10. Criar a pasta de firmware para esta instalação [Um bug no pacote criado gera uma mensagem de erro durante a posterior instalação do pacote, por isso a necessidade deste passo]:

    mkdir /lib/firmware/2.6.23-rtai

  11. Instalar os pacotes Debian criados:

    $ sudo dpkg -i *.deb

  12. Reiniciar com o kernel novo.

Compilando o RTAI
  1. Apagar qualquer versão anterior

    $ rm -rf /usr/realtime

  2. Ir ao diretorio do RTAI:

    $ cd /usr/src/rtai

  3. Configurar RTAI

    $ make menuconfig

  4. Compilar RTAI

    $ make
    $ make installs

  5. Reboot

    $ reboot

  6. Ir ao diretorio do testsuit:

    $ cd /usr/realtime/testsuit/user

  7. Testar a instalação

    $ cd latency
    $ ./run
    $ cd ../preempt
    $ ./run
    $ cd ../switch
    $ ./run
Testando o RTAI

Para se saber se o sistema está aceitável ou não, a implementação do RTAI contém um conjunto de programas de teste e calibração: o testsuit para os testes. O objetivo é que a latência seja baixa, sem overruns e valores de tempo de troca de contexto o menor e menos variante possível.

O resultado dos testes realizados em minha máquina após todo o procedimento de instalação está mostrado abaixo, as quais mostram respectivamente o resultado do teste de latência, preempção e troca. Note que o número de overruns é zero. Os testes foram executados com carga, isto é, no momento do teste, a interface gráfica estava ativa e rodando várias aplicações de usuário, em especial, em um terminal estava sendo rodado o programa flops.






Criação de DVDs

No Ubuntu e distros Linux em geral, uma boa opção de se criar DVDs, é através do programa ManDVD.



Com o ManDVD é possível criar o menu do DVD, apontando para capítulos e/ou vídeos independentes. Para utilizá-lo o autor deverá ter um ou mais dos vídeos que queira colocar no DVD no formato AVI ou MPEG. Também deverá ter figuras para os botões do menu do DVD.

A interface é simples e intuitiva. O executo no Gnome tranquilamente, apesar de ser aplicativo KDE.

Já somos mais de 1% ?

Desde o dia 04 de maio, na lista de usuários Ubuntu-BR (digamos a lista "oficial", se é que existe algo oficial no mundo OSS - e isso é mais uma postagem, com certeza), estamos discutindo uma matéria que saiu na Info:

(http://info.abril.uol.com.br/noticias/tecnologia-pessoal/linux-bate-1-de-mercado-pela-primeira-vez-02052009-2.shl)

sobre uma pesquisa da Net Applications (notícia offical em: http://marketshare.hitslink.com/operating-system-market-share.aspx?qprid=8&sample=35)

que dá conta que o Linux atingiu a marca de 1,02% de market share total, isto é, inclui aí tudo: servidores, desktops, dispositivos móveis etc.

Vamos a metodologia aplicacada; de seu site:

We use a unique methodology for collecting this data. We collect data from the browsers of site visitors to our exclusive on-demand network of live stats customers. The data is compiled from approximately 160 million visitors per month. The information published is an aggregate of the data from this network of hosted website statistics. The site unique visitor and referral information is summarized on a monthly, weekly, daily and hourly basis.


Então: eles coletam dados de acesso à Web através de uma rede de clientes e parceiros. Nestes clientes eles coletam coisas do tipo qual é o navegador que o cara tá usando, qual é o sistema operacional e dados relativos à geografia (para distribuição espacial das estatísticas, o que acaba sendo um serviço pago se você quiser tais informações). Colocam tudo isso em um modelo estatístico (o tal "agregate of data") e voi-lá, taí o gráfico.

É uma boa metodologia. Talvez a mais acurada, de fato, por ser quase impossível se levantar, com um custo razoável, os dados "verdadeiros".

Se não vejamos: há um grupo de computadores (desktop) que saem de fábrica com Linux, isso notadamente no terceiro mundo. Boa parte destes computadores não acessam a Internet, seja por custo, seja por falta mesmo de infra-estrutura para isso. Olhemos o Brasil: mesmo com a capilaridade da rede de telecomunicações, boa parte das pessoas estão longe da Internet e, um bom número tem computador em casa. Apenas se o percentual destas for o mesmo dos que tem acesso a Internet, o número final não modificaria. Agora, como sabemos que o público de mais baixa renda é justamente o maior consumidor de Linux, é de esperar então que o market share seja um pouquinho maior.

Há igualmente o problema dos mobile. Nem todos os que possuem a tecnologia acessam a Internet através deles, principalmente por causa do custo. Eu tenho um Sony Ericson que permite acesso a Internet mas raramente o uso para este fim, pois os custos são altos, prefiro usar o meu PC, que no caso tem Linux Ubuntu. O mesmo deve acontecer com usuários normais do Windows. Digamos que o percentual seja o mesmo, significa então que uma proporção equivalente de máquinas que deve ter Linux ou outros SOs para mobile simplesmente aparecem na estatística como usuários Windows, mas poderiam aparecer também como usuários Linux ou outros.

Por último há a questão da rede de parceiros. Por mais vasta que seja, há sempre um percentual residual (que existe fora da rede pesquisada, como no caso das eleições, por exemplo) que acaba distorcendo os dados, para mais ou para menos. No caso do Linux, deve sempre significar para mais, por que os fatores prejudicam bem mais os detendores dos maiores percentuais que dos menores (2% sobre 80% significa bem mais do que os mesmos 2% sobre o 1%, chegando até mesmo a quase dobrar este valor percentual considerando o total).

Por exemplo, digamos que o mercado seja de 10 milhões de máquinas; 80%, significam 8 milhões e 1% significa 100 mil, então se a estatística estiver errada em 1% para menos no Windows, já são 800 mil máquinas a mais para os demais. Mesmo que distribuíssemos ponderadamente de acordo com os percentuais dos demais, são quase 100 mil a mais para o Linux. Só aqui chegaríamos a 2%, fora as outras considerações.

Mas como citei acima, é quase inviável fazer esse levantamento de outro jeito. Mas temos que ter em mente que o percentual do Linux já deve ser bem maior. Dependendo de como se estime os senões aqui levantados, podemos mesmo pensar que estamos mais de 2%.

Alguns podem dizer que o que estou fazendo é forçar a barra na estatística. É verdade! Mas foi exatamente o que o Ibope fez quando da 1a eleição do Lula, quando em vários estados, na eleição estadual, incluindo São Paulo, por exemplo, errou feio. No Amazonas, outro exemplo, predisse que não haveria 2o turno e houve. Depois justificou exatamente da mesma forma que eu estou usando acima. Se eles podem, porque eu não posso?

Renomear em massa

Renomear em massa é aquela tarefa em que você pega vários arquivos simultaneamente, normalmente de um único diretório, e quer padronizar o seus nomes, ou então acrescentar algo no início, meio ou fim dos nomes existentes.

Um simples mv não faz isso, ou pelo menos não de uma maneira fácil. O Nautilus, o navegador de arquivos do Ubuntu padrão, também não faz.

Mas há vários programinhas interessantes que fazem isso. Um deles é KRenamer, mas é para KDE, ou seja, pode-se utilizá-lo no Gnome (ambiente gráfico do Ubuntu padrão), mas para isso ele vai carregar um monte de bibliotecas do KDE (não são tantas assim, mas para os puristas, cada um em seu lugar...).

Outra alternativa é o pyRenamer. Ele tá disponível no repositório do Ubuntu, sendo site oficial: http://www.infinicode.org/code/pyrenamer/

Pelo fato de ser em PyGTK (python é uma excelente linguagem de script, diga-se de passagem), dá para usá-lo em qualquer ambiente que suporte Python e Gnome, ou seja, qualquer uma distro Linux atual.

O pyRenamer é uma interface gráfica onde você pode aplicar filtros a diretórios para visualizar somente os aquivos que você quer renomear e pode criar expressões para os novos nomes. Permite também recursão, isto é, o filtro pode ser aplicado aos diretórios dentro de diretórios. Ele te dá uma pré-visualização de como vai ficar antes da modificação efetiva. Isso é muito bom e o torna extremamente poderoso, ao meu ver. Tem igualmente opções para minúsculos, sem espaços, '_' no lugar de espaços etc.

Só te um senão: as expressões não seguem o padrão do Bash (*, ? etc.), o que pode dificultar o iniciante, mas logo você se acostuma a pensar em termos de caracteres alfanuméricos, com espaços ou sem etc. Se você for programador de expressões regulares não terá quase nenhuma dificuldade, exceto a mudança de sintaxe e, se você for programador Phyton, não terá nenhuma dificuldade.

Voltando a postar!

Pois é!

Já faz um bom tempo que não postava nada. O problema é que estou no meio de um Doutorado e, sabe como é, às vezes até estamos conectados, mas o blog realmente não é maior das prioridades.

Por isso mesmo esta postagem é para lembrar isso e dizer a quem possa acompanhá-lo que pode acontecer isso mais vezes: ter umas folgas bem longas, sem postagens.

No mais, estamos de volta, ao menos por hora, e tenho várias dicas e comentários para postar.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Novas extensões para o Ogg

Estava eu fazendo uma faxina no note e nas minhas mídias quando me deparei com várias delas sem identificação (porque a gente sempre esquece a bendita caneta na hora do rip?) . Coloquei no drive para saber o que era e vi que eram de música. Fiquei muito feliz quando o meu Ubuntu 8.10 pediu confirmação se eu queria ouvir no Rhythmbox ou extrair no Sound Juicer. Cliquei no Sound Juicer para fazer o rip como eu costumava fazer no 8.04 e me deparei com uma extensão diferente no final, uma tal de .oga. Não era para ser .ogg?

Bem, procurei no Google e encontrei algumas informações interessantes: o formato .ogg, como é de conhecimento geral, é apenas um transporte dentro do qual posso colocar trilhas de áudio, vídeo e texto. Codecs são utilizados para guardar os conteúdos de forma compactadas. Para escutar, tenho que ter instalado o codec certo. Mas realmente fica confuso o fato de a extensão ser usada tanto para áudio como para vídeo e mesmo para filmes completos com legenda e tudo mais.

Um parênteses: no Linux não há tanto problema porque a maioria dos gerenciadores de janela apenas se baseiam parcialmente na extensão e muitos deles lêem o conteúdo do arquivo (o seu cabeçalho pelo menos) para saber que tipo de arquivo é. Na dúvida de que tipo de arquivo você tem em mãos, pode usar o seguinte comando na linha de comando: file <nome_do_arquivo>

Outra coisa interessante é que o formato agora tem várias extensões. A tal da .oga nada mais é que um ogg com ao menos uma trilha de áudio (em geral são 2 para estéreo e 6 para 5.1), que usa como codec o Audio Vorbis.

Os links que encontrei são esses:
http://www.ietf.org/rfc/rfc5334.txt
http://filext.com/file-extension/OGA

domingo, 15 de março de 2009

Enfim acabei!

Pois é. Acabei de ajeitar o Windows no computador da minha filha. Só porcausa do bendito teclado que parece só funciona no Windows.

Cara, que trabalheira: peguei um Windows já existente e tive que tirar coisas, depois instalar o que interessava, remover o que era pirata, acertar um bocado de programa que não desinstalava nem com reza brava (tive que ser grosso: apaguei a pasta no Arquivos de Programa e depois rodei CCleaner e MVClean, para limpar o registro). E tome instalar, anti-virus, anti-spy, firewall,... Depois tome defrag e mais defrag...

E para instalar, então: procura no site, baixa, instala, vê se funciona etc.

Mas, enfim, acabei (bem, falta ainda o SP3, mas esse eu vou deixar pra depois, a última vez que instalei um SP o computador parou de funcionar).

Agora vou ter novo trabalho: tentar colocar o Comfyware Keyboard para funcionar no Ubuntu.

Isso é jeito de passar o fim-de-semana?

Um pouco atrasado, mas o próprio texto diz o porquê. Copio aqui uma conversação com o pessoal da lista do Ubuntu-BR:

"Olha eu aqui, no Windows, tentando dar um jeito numa máquina.
Tenho dois notes (na verdade tenho só um o outro é da minha esposa)
com Linux, mas minha filha ganhou um note da tia, só que ele tá com
Windows.
Pensei em trocar de cara para Linux, mas eu e minha esposa decidimos
ficar com o Windows, ao menos por enquanto. Tenho um teclado da Comfy
(www.confyland.com) que os meus filhos usam e ele só funciona no
windows. Eu pensava até que os CDs tinham ido pro saco porque eles
funcionavam no VirtualBox e pararam de funcionar. Então tô preso no
bendito do Windows ainda por mais um tempo.
O problema é que coube a mim configurar e deixá-lo enxuto e seguro
para as crianças. Resultado: tô o fim-de-semana inteiro para instalar
firewall, anti-spy, anti-virus, usar o scandisk, defrag e instalar o
7zip, BrO, skype etc. Tudo com muita dificuldade: ir no site, baixar,
instalar, fazer ponto de verificação (sabe como é, windows...) e tudo
o mais...

Que saudade do apt-get do ubuntu!!!!!!!!!!!!"

De José Salles:

"Comprendo sua dor.... hehehehehe.
Calma, é só um fim de semana, depois passa :)

Salles (Nthell)"

quarta-feira, 11 de março de 2009

E por falar em GUI

GUI é a sigla em inglês para Graphical User Interface, ou em bom português, interface gráfica com o usuário. É a nossa geração de computadores atuais, incluindo Windows, Mac e, claro, Linux.

O Linux conta com interfaces com usuário baseadas em softwares chamados de Gerenciadores de Janelas, que operam acima do X. Os programas mais comuns deste gênero juntam também uma série de funcionalidades e se tornam o que chamamos de desktops. São os famosos KDE e GNOME, mas o Linux conta com uma porção deles, uns mais e outros com menos funcionalidades.

Mas o que motivou esta postagem não foi nem um e nem outro. Mas o fato é que o futuro não está nessas interfaces icônicas ou num ambiente gráfico mais ou menos rebuscado. O cubo é lindo de se ver, as chamas chamam a atenção, as janelas translúcidas são show, mas o fato é que tudo isso tem muito pouco de produtividade.

O futuro está nas telas multi-toque, no reconhecimento e sintetização de voz, na computação ubíqua. Não é muito melhor conversar com "alguém" (o seu avatar) do que ficar clicando em iconezinhos que você nem sabe para que servem? O que é mais rápido, ficar teclando o seu nome, endereço, telefone etc. ou simplesmente falar estes dados?

Pois é, depois dizem que os cegos são os que tem problemas nos olhos! (E a gente nem para pra pensar que eles já usam o que é necessário, em termos de tecnologia, para criar essa nova geração de interfaces com usuário...)

Só espero que o mundo open source não perca esse barco. Se nós saíssemos à frente, ditaríamos os padrões e os outros é que deveriam nos seguir, mas vejo que a gente continua indo atrás dos outros...

segunda-feira, 9 de março de 2009

O que é melhor, KDE ou Gnome?

Cara já vi essa questão um milhão de vezes na net e as pessoas que geram essa questão me parecem que só querem incitar discussão e flames propositadamente (talvez até não, mas que parece, parece).

Poderia fazer uma pergunta semelhante: qual o melhor pet: cachorro ou gato? É mais ou menos por aí esse tipo de questionamento.

Gnome é minimalista: na verdade ele esconde as coisas propositadamente. Tem uma excelente ferramente de gerenciamento da área de trabalho (só os itens "relevantes"), tem diversos aplicativos de apoio, um toolkit de desenvolvimento bem razoável, guias de usabilidade bem específicos etc. etc. etc.

KDE é o contrário: deixa tudo mais ou menos à mostra para o usuário configurar: tem uma porção de ferramentas mais ou menos completas para o gerenciamento da área de trabalho (quase tudo o que é opção), um bocado de aplicações desenvolvidas para ele etc. etc. etc.. Neste aspecto, o KDE é bem mais semelhante (se é que se pode usar este termo!) ao Windows.

Por hora prefiro o Gnome, não por não gostar do KDE, mas simplesmente porque quando entrei pro Linux quiz aprender uma coisa um pouco diferente do Windows (que eu já usava) e o KDE é bem mais semelhante ao Windows que o Gnome. Então passei a usar o Gnome e hoje estou mais acostumado a ele que ao KDE. Mas acredito que me adapto bem ao KDE também e acho até que eventuais usuários Windows se sentem mais confortáveis ao utilizá-lo que ao Gnome.

No mais penso que qualquer outra idéia é mero flame, mesmo que não proposital.

domingo, 8 de março de 2009

Primeira Postagem

Olha eu aqui na blogosfera!

Bem, a primeira postagem é só para dizer alô e que aqui estou para postar algumas idéias sobre software livre em geral, linux em particular.
A idéia nasceu a partir de algumas discussões na lista do Ubuntu (http://ubuntu-br.org/comunidade) e que realmente começaram a se tornar muito OFF TOPIC para a lista.
Bom, sem mais para o momento, amanhã começo a postar de verdade.